Tenho o prazer de trazer até vocês uma entrevista com o faixa preta de Jiujitsu e Personal Trainner Vicktor Dória saiba mais daquele que protagonizou nas lutas de Jiujitsu desportivo um dos clássicos dentro dos Panamericanos, nos velhos e bons tempos.
Quando vc começou no Jiujitsu e com quem ?
Comecei em 1993, com 17 anos, na Academia Carlson Gracie,
Qual foi sua primeira competição de Jiu-jitsu ?
Minha primeira competição foi a Copa Pixação, na academia Henrique Ibéas, no shopping Rio Sul. Foi na faixa branca, fiz duas lutas no peso Pesadíssimo da categoria até 17 anos. Muita força, pouca técnica... Consegui finalizar as duas lutas, montando e estrangulando “na cara”.
Você fez no Panamericano na faixa roxa uma das melhores lutas do evento de todos os tempos contra Enson Inoue,contenos sobre essa luta?
Na verdade foi contra o Egan Inoue. Esse foi um dos momentos inesquecíveis no Jiu-Jitsu pra mim. No dia do embarque para Los Angeles, fui treinar na academia e, durante um rola, sofri um estiramento do ligamento colateral lateral do joelho esquerdo. Entrei no avião mancando, de muletas. Passei a semana vendo todo mundo treinar, fazer posição, e eu colocando gelo e fazendo massagens...
A luta com o Egan foi a final do absoluto. Ele tinha ganho do Serjão Cohen na semi. Eu tinha feito uma luta fácil, que finalizei rapidamente, e outra mais dura. Na final, o joelho tava travado. O Egan é o cara mais forte do mundo! Foi barra... Eu lembro que tava perdendo de 3x2 e, faltando 2 minutos, raspei e montei, fazendo 8x3. No minuto final ele encaixou uma Leg-lock no joelho ruim. Segurei a onda, chorando escondido de dor, mordendo o kimono pra não gritar. Quando acabou, não consegui levantar.
Você fez parte de uma equipe de faixas marrons, considerado um timasso,com parceiros como Marcel Ferreira,Guerrinha,Bruno Razzo, Pedro Duarte, entre outros, contenos dessa equipe,dessa época ?
Essa foi a melhor época de treinos na minha vida, quando entrei em um novo nível técnico. Nós treinávamos com o Bolão e com o Murilo Bustamante juntos. Os treinos eram puxadíssimos. Ainda não tinha quase nenhum faixa preta na academia. Essa equipe era muito unida. Saíamos e viajávamos juntos sempre, era muito legal! No Brasileiro de Equipes de 1997, eu, Zé Marcelo, Renato Ferro, Marcel Ferreira e Chuchu formamos o time vitorioso. O melhor momento da minha vida no tatame foi nesse campeonato, na vitória sobre o Roleta, com uma raspagem a 20 segundos do final. Até hoje, quando assisto à luta, fico emocionado.
Recebi a faixa do Bolão, em Março de 2000. Eu estava parado por 2 anos, trabalhando em multinacional e fazendo faculdade. Quando voltei em janeiro de 2000, resolvi que ia lutar o Pan
Meu último campeonato tina sido esse Pan de 2000. Fiquei parado por quase 7 anos, depois de duas lesões muito sérias, uma no joelho e outra na coluna cervical, que quase me deixou sem andar. Já com um filho, resolvi que não dava mais.
O tempo passou e, em setembro de 2006 voltei a treinar no Toco. A galera de lá me conhecia de longa data. Me botaram uma pilha tremenda para lutar o Brasileiro de Equipes em Novembro do ano passado. Entrei na pilha e no campeonato... Me senti muito bem, fiz duas lutas e ganhei bem as duas, mas a equipe perdeu na semi.
Sempre fui apaixonado por educação física, na teoria mesmo. Em 2003 voltei à faculdade e me formei de novo, agora
Espero conseguir voltar a treinar a partir de 15/9, quando volto de uma viagem de férias. Quero lutar o Equipes no fim do ano. E no ano que vem pretendo entrar nos campeonatos Máster, pois já estarei com 32 anos...
Hoje, quando consigo, vou na Akxe. O Ratinho e o Vinny são amigos de longa data e referências de caráter. Isso se reflete em seus alunos, que me recebem muito bem quando vou lá. Me respeitam muito mesmo sabendo que se eu voltar a lutar, estarei defendendo outra academia, como a Nova Geração ou a Top Team.
O que posso dizer é que boa parte do que me tornei, devo ao Jiu-Jitsu e toda experiência que adquiri nos tatames. Amizades, respeito, hierarquia, cooperação, espírito de equipe, tudo isso é fruto da dedicação ao esporte. Agradeço a todos os que um dia treinaram ou fizeram uma posição comigo, nem que tenha sido por um minuto apenas. Cada um destes tem participação real no que conquistei – e no que ainda pretendo conquistar – no Jiu-Jitsu. Que Deus abençoe a cada um destes atletas e amantes do esporte. E lembrem-se: luta é no tatame ou no ringue. Fora disso, é mancada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário