Todos nós sabemos que o Jiu Jitsu é arte milenar mais antiga, perfeita e completa. A algum tempo atrás a escolha deste esse esporte pelas mulheres era pouco vista, devido ao número restrito de garotas no tatame, tanto pela falta de incentivo quanto pela discriminação. Mas os tempos mudaram, as mulheres estão mais fortes, independentes e por conta disto elas escolheram o Jiu Jitsu como seu esporte.
Poucas mulheres sabem, que são muitos os benefícios que o Jiu Jitsu pode trazer. Todos provenientes da filosofia milenar que une o equilíbrio do corpo e da mente e que facilitam a adaptação do esporte pela mulher já que não é necessário a utilização de força bruta, mas sim a perfeição de detalhes.
Paralelo ao bem estar mental, o Jiu Jitsu ajuda no gasto de calórico total, no aumento da capacidade cardiorespiratória, aumento do tônus muscular, aumento de reflexo, flexibilidade e autodefesa. Isso sem falar na auto estima que é um fator importante para que a mulher sinta-se segura e cada vez mais estimulada e concentrada para poder desenvolver esta atividade física.
Então vocês mulheres estão esperando o que?? Acreditem no seu potencial, no universo de emoção e disposição que este esporte pode causar, entrem no tatame e juntem-se a nós.
Mulheres que encontraram no Jiu Jitsu seu ponto de equilíbrio
“Comecei no Judô aos 8 anos de idade, por ser uma criança hiperativa. Foi um dos esportes onde conseguia gastar minha energia e nessa brincadeira aos 12 anos comecei a competir e logo veio a necessidade de praticar Jiu-Jitsu,pois só seria uma atleta completa com um bom embasamento no chão. Desde então passei a amar e a respeitar a arte, assim como tenho paixão pelo Judô. Na verdade esses dois esportes na minha vida representam uma coisa só, nunca consegui separar ou mensurar qual foi mais valioso em meu crescimento, na formação do meu caráter e até na escolha da minha profissão, pois desde muito cedo convivi com pessoas que sempre foram meus ídolos e me ensinaram muito tanto no esporte como na vida!
Um grande abraço
e Boa
sorte a todos que estão chegando.” - Carolina Hausser 25
anos , Educad
ora Física faixa marrom de Judô e Roxa de Jiu Jitsu.
“Comecei a treinar a sério jiu
jitsu em
99, queria aprender a me defender. Na academia nunca ninguém queria treinar
comigo porque era muito leve, q
uando treinavam comigo diziam que era pra aquecer. Até que um dia r
esolvi fazer uma tabela
onde coloquei o nome de todo mundo e comecei a desenvolver um
tipo de treino pra cada cara que não queria treinar comigo.
Treina
va pra anular o treinos deles, até que um dia sem perceber
estava treinando bem deixei de ser o treino só pra aquecer e passe
i a ser um bom treino. Quando percebi estava
apaixonada pelo jiu jitsu e fiz grandes amigos. Hoje e
m dia treino só por amor ao esporte. .” –
Janaina Dahoui 29 anos, Advogada, faixa roxa d
e Jiu Jitsu
“Treino a 4 meses. Escolhi esse esporte porque sempre
gostei de luta. Me ajudou muito na concentração
e na minha auto estima. Enfim, este esporte reúne o essencial: equilibrio do corpo e da
mente” - Gabriela Almeida 21 anos, Estudante de Direito – Faixa Branca de
Jiu Jitsu
“Senti a necessidade de ficar mais próxima a meus filhos e o Jiu Jitsu foi o f
acilitador disso,diante da vida corrida acabei me distanciando sem querer, como também
precisava praticar um esporte uni o útil ao agradáve. Hoje sou uma mulher mais d
isposta e feliz, agradeço ao Jiu Jitsu”- Maria do Carmo, 50
anos Artista Plástica – Faixa Branca de Jiu Jitsu
História de vida de uma atleta lutadora
Minha educação sempre foi voltada para os estudos, os esportes e lazer. Já passei por vários esportes como: natação, basquete, vôlei, entre outros... Nasci no Rio e fui criada em Nova Friburgo. Desde pequena sempre gostei de competir, independente do resultado. Na minha opinião, com a derrota podemos ver onde está o erro e trabalhar em cima dele para não ocorrer novamente, sem contar que somos obrigados a reconhecer o merecimento do outro adversário, e com a vitória aprendemos que estamos no caminho certo e subindo mais um degrau, mas posso ousar dizer que fui campeã em todos os esportes que pratiquei.
Em 1998, com 17 anos, fiquei com vontade de praticar algum tipo de arte marcial porque sempre admirei as lutas em geral, andei dando uma sondada para
ver em qual eu iria me adaptar melhor, daí comecei a fazer judô em maio, até que meu mestre do judô, Edinho, percebeu que eu tinha uma aptidão maior para a luta no solo e daí me levou para dar um treino de jiu-jitsu na academia do mestre Marquinho Processo, da equipe Pitbull. Daí foi amor à primeira vista, entrei no jiu-jitsu em junho de 98, treinava de manhã, à tarde e a noite. No mês seguinte eu já estava começando a competir e vencer, em dezembro do mesmo ano fui graduada na faixa azul. No meio do ano de 1999, mudei de academia, passei a treinar com os mestres Marcel Ferreira e Suyan Queiroz, na época pela equipe Carlson Gracie. Foi então que comecei a competir em campeonatos maiores como Campeonato Mundial e Brasileiro. Fui terceira colocada no brasileiro da CBJJ de faixa azul em 99. Em dezembro do mesmo ano fui graduada na faixa roxa. Em 2001, sai de Friburgo e voltei a morar no Rio, tive o prazer de “filar” alguns treinos com o mestre Rilion Gracie, até que através de amigos conheci e passei a defender a bandeira da Brazilian Fight, do mestre Osíris Maia, continuando ainda na equipe Carlson Gracie. Sempre treinando e competindo. Em 2003, voltei a morar em Nova Friburgo onde comecei a cursar Direito na UCAM, por causa da faculdade tive que diminuir o ritmo de treino e parei de competir.
Em 2004, tive a maior perda da minha vida que foi a morte da minha mãe, que foi pai e mãe ao mesmo tempo, pois meu pai faleceu quando eu tinha um ano e meio, ela sempre foi a minha base, a minha fonte de vida e a minha alegria de viver. Daí minha vida se desestruturou totalmente e fiquei muito tempo abalada, sem vontade de fazer nada, só pensava em terminar os estudos. Nessa época cheguei a pensar que nunca mais iria voltar pro jiu-jitsu.
Até que no ano passado, meus amigos me incentivaram para voltar a treinar. Então voltei a treinar com o meu amigo e mestre Leonardo Pontes (Léo Pitú), que me graduou na faixa marrom e me convidou para participar com ele de um projeto social chamado “Lutando pela Lagoinha”, sem nenhum fim lucrativo, ensinamos e formamos jovens praticantes e competidores que não possuem condições financeiras de arcar com os custos do esporte como mensalidades, kimonos,carteirinhas,inscrições, viagens,... com a ajuda de colaboradores. No projeto ajudamos as crianças no crescimento para a vida adulta, frisando valores, respeito, esporte, estudo e lazer.
Este ano de 2007, formamos a equipe Lagoinha Jiu-jitsu, inscrevemos 12 crianças na Copa do Brasil de jiu-jitsu da CBJJO e saímos de lá com 7 campeões e 4 vices. Com o incentivo das crianças, mesmo com o joelho lesionado, voltei a competir e lutei a Copa do Mundo da CBJJO e fui campeã mundial de faixa marrom e ainda tive a alegria de ter um aluno também se sagrando campeão, outro vice e 2 com a terceira colocação. Dediquei meu título a minha mãe que sempre foi a minha maior fã, esteja ela onde estiver e também para os meus alunos. Após o campeonato realizei um dos meus maiores sonhos, fui graduada faixa preta. Estou treinando bastante para fazer bonito de faixa preta e estou começando a treinar em pé também para quem sabe tentar competir MMA.
O jiu-jitsu para mim é mais que um esporte, é uma filosofia de vida, uma fonte de energia, um dos esportes mais bonitos e perfeitos. É um esporte para todos, independente da idade, do sexo, da cor ou de qualquer outra coisa. Desde que ele surgiu na minha vida só me trouxe coisas boas, fiz grandes amigos, tive muitas vitórias, algumas derrotas, aprendi com ele que somos capazes de superar qualquer coisa na vida, basta ter determinação e força de vontade, nunca podemos desistir dos nossos sonhos, pois se fizermos por onde ele se realiza. Vi que melhor do que treinar e vencer é você ser capaz de ensinar a alguém e ver esse alguém também se tornar um campeão.
Torço para que o número de mulheres e de meninas cresça nesse esporte, pois a cada dia que passa estamos vencendo as barreiras do preconceito e provando o que a mulher também é capaz, tanto ou até mesmo mais. Também fico na torcida de que chegue logo o dia que o jiu-jitsu se torne esporte olímpico. Espero que Deus continue me iluminando para que eu possa continuar essa história de jiu-jitsu em minha vida, conseguindo novas vitórias, sejam elas minhas ou dos meus alunos e quem sabe em breve dos alunos dos meus alunos.
Liz Valéria Machado – 26 anos Faixa Preta de Jiu Jitsu
Por Mila Almeida
Nota: ao ler a história de Liz eu me emocionei e vejo que ter uma atividade filosófica,educativa e ao mesmo tempo sendo um esporte com todos seus beneficios,a vida fica mais fácil e gostosa de se viver.Parabéns a todas as mulheres, Liz, parabéns a você!!! Seu projeto e do seu amigo/professor é nosso também, do FighteCia, estamos juntos !!! Parabéns Mila pela matéria!!!
Olivar Leite.
4 comentários:
Oláa. meu nome é Mariana Magalhães, tenho 14 anos, e treino Jiu-Jitsu a pouco mais de um mês.
Nos meus primeiros treinos eu achava que eu nunca ia aprender nada, meu namorado que treinava comigo, eu ficava com muita vergonha e acabava não fazendo o que eu tinha vontade, deixava ele fazer o que quizesse, logo depois, comecei à treinar com quase todos, eu fiquei com um pouco de vergonha porque eu era a única menina da minha academia, mas com o tempo fui virando amiga de todos, agora não tenho mas vergonha, fico muito feliz quando aprendo algo novo e consigo botar em ação.
É.. estou me apaixonando pelo Jiu Jitsu. adorei ler esses textos de vocês, eles mudaram mais ainda a minha forma de pensar, porque eu ainda ficava meio estranha em falar pras pessoas que eu treino Jiu-Jitsu, mas agora falo com orgulho, porque é uma coisa que me faz bem, e é isso que importa, um dia quero ser uma lutadora de verdade, quando esse dia chegar, estarei realizada.
Estou escrevendo aqui, porque foi uma forma que eu achei para expressar o que estou sentindo. e sei que alguém vai ler!
Tudo de bom para vocês!
Beijos.
mary-scm@hotmail.com
aaaa fico mega feliz em ver essas histórias....
meu namorado ele faz jiu jitsu....fico encantada quando ele começa falar dessa arte, daqui alguns dias vou começar praticar tbm...aeeeee mais uma menina no jiu jitsu! rsrsrsrs
BOA SORTE PARA TODAS AS MULHERES QUE PRATICAM O JIU JITSU E QUE VÃO COMEÇAR..."
vlw
abraço
Fê
Olá...
Fico mega feliz de ver que tantas mulheres praticam o Jiu-Jitsu como eu e que possuem muitas vitórias,não só no tatame,mas também na vida.
Uma história que me chamou muita atenção foi a da Liz,pois a conheço e sei que ela é uma pessoa maravilhosa,guerreira e que sabe correr atraz de seus ideais.E que se todas as pessoas tivessem a iniciativa de abrirem uma academia de Jiu-Jitsu como projeto social (Lagoinha Jiu-Jitsu) o mundo não teria tanta violência,pois quem conhece o esporte sabe que a filosofia de vida dele é bem diferente.
Só passei aqui para desejar à todas as mulheres tudo de bom e que vocês continuem trasendo muitas vitórias para o nosso Brasil que tem o melhor Jiu-Jitsu do mundo!
Um beijo especial para Léo Pitú[LJJ] e Liz Valéria.
Oi, meu nome é Amanda, tenho 13 anos, sou faixa amarela e treino a 2 anos.
Quando eu comecei foi muito estranho porque só tinha meninos na minha academia e nenhum deles queria lutar comigo porque achavam que eu não era de nada mas com o passar do tempo e com muito treino me tornei uma verdadeira atleta e hoje eles tem até medo de lutar comigo.
O jiu jitsu mudou mesmo minha vida e agora não largo nunca mais.
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