Conheça mais sobre o guerreiro nas batalhas de colocar nossos lutadores nos eventos internacionais, Alex Davis, que nos fala do inicio da sua relação com as Artes Marciais, seus primeiros trabalhos, realizações e planos para o seu futuro e dos lutadores brasileiros, com vocês (como é conhecido dos amigos) Alex;
Como começou a sua relação com as Artes Marciais ?
Comecei no Judô, aos 12 anos, fui varias vezes campeão estadual, fui campeão brasileiro, norte americano, e cheguei nas semifinais para a seleção nas olympiadas de 84.
O conheci treinando e tive a oportunidade de ver você lutando o Internacional de Jiu-jitsu, você ainda tem tempo de dar uns treininhos ?
2. Treino bastante, é uma vida treinando, se não treino, não fico bem, mas aquela foi minha última competição.
Qual a sua relação com a ATT, e com a BTT ?
3. Fui Manager fundador da ATT, me sinto como um dos criadores...na BTT, ajudo eles na parte de Gerenciamento, tenho muito amigos, e tenho admiração pelos fundadores, que são pioneiros nessa industria do MMA.
Quando você começou a ser manager e quem foi seu primeiro atleta ?
4. Foi em 1999. Minotauro
Hoje, como você vê o cenário internacional, é muito dificil emplacar atletas nos eventos lá fora ?
5-Olha apesar do esporte estar em franco crescimento, o atleta brasileiro é um atleta caro para os eventos lá de fora...visto, passagem, e a dificuldade de comunicação torna se verdadeiros obstáculos para os nossos atletas, mas não podemos esmorecer.
Tirando o Ultimate, que evento internacional você aponta como de organização excelente, modelo a ser seguido ?
6. O UFC realmente reina único no momento...além deles estarem na midia como nenhum outro, são organizados, te dão respostas objetivas e condições de planejamento. Os outros eventos ainda estão bem atrás, apesar de estarem gastando bastante $ para segurarem uma fatia do mercado, a Pro elite por exemplo, tem uma estratégia inteligente, e visa ocupar os espaços de mercado que o UFC não preenche...acho que se aguentarem o rojão, serão um evento parelho com tempo.
Como você vê o enfraquecimento do Japão no cenário mundial de eventos de MMA, isso não é extremamente prejudicial principalmente para os lutadores brasileiros ?
7. O vácuo que se criou no mercado japonês foi ruim não só para os Brasileiros, foi ruim para toda a industria....e aconteceu por causa do tipo de gente que estava envolvida no esporte lá até então.
Qual a principal diferença entre os manager brasileiros e os estrangeiros ?
8. Acho que aqui no Brasil, os profissionais dessa área buscam resultados rápidos, tentam impor % altos e tentam tirar o máximo do atleta. Acho isso muito errado..o meu objetivo é sempre andar junto do atleta, apoiar ele, ajudar ele a ter condições ideias de competir de igual para igual com os lutadores de primeiro mundo. Acho que tendo essa attitude, o $ vem para mim e para o atleta, pasa a ter um cunho + nobre o trabalho e tem se uma relação de confianca e transparência. Não procuro atletas, eles que me procuram..sabem que comigo, vão saber exatamente a situação, seja ela boa ou ruim, não tem espaço para dúvida, não existe sacanagem. Lá fora, existe muita gente querendo entrar nesse ramo para ganhar $, mas a verdade, é que tem pouquissimas pessoas realmente preparadas para realizar esse trabalho.
Como você vê os nossos eventos, o que falta e o que já alcançamos de bom no organizacional ?
9. Os nossos eventos deram um real salto qualititativo...hoje estamos vendo vários eventos de excelente nivel surgindo. O problema é que ainda não se achou o caminho para tornarem esses eventos rentaveis, e vejo também um problema que quando surge um empresário ou capital dispostos a tentarem alguma coisa, e procura gente do ramo, acabam se envolvendo com pessoas de caratér e intenção duvidosa, o que faz com que os eventos tendem a ter vida curta.
Tratando de eventos nacionais, qual o que você aponta como o evento que mais te agradou num todo ?
11. Não tenho como não citar...Predador, Super Chalenger, MTL...todos foram eventos bem realizados e bem produzidos...não sei a parte financeira como é.
Eu vi você no Ultimate acompanhando o Jucão e o vi no MMA Sports Combat, em Rio das Ostras, ou seja, eventos totalmente distintos, isso pra mim foi a prova real do seu trabalho, como você avalia a convivência com realidades tão distintas ?
10. Olha, se tenho um atleta lutando, sei que ele precisa de mim, e não faço distinção se é num grande evento, com um atleta de fama, ou um pequeno evento com um iniciante...na medida do possivel, faço o máximo para estar presente, pois sei que só o fato de estar junto, vai trazer tranquilidade...naquele evento de Rios das Ostras por exemplo, eu sai de Mato Grosso, e viajei a noite inteira para estar ali.
Qual sua meta para esse ano que promete ser um ano excelente para o MMA ?
11. Colocar o máximo possivel de brasileiros nos eventos lá fora.
E eventos aqui no Brasil, você pretende realizar algum ?
12. No momento, não pretendo realizar evento, por simples falta de tempo, mas ajudo e aconselho a vários grupos interessados em realizar.
Hoje quem são os seus lutadores e aonde eles estão lutando ?
13. Antonio Pezão, Pro elite, Thaigo Tavares, Roan Jucao Carneiro, Thiago Silva no UFC, além dos atletas da BTT, David Bilekheden e Toquinho, também no UFC...Edson Mendes Jr que vai entrar no K1 max esse ano, Marlon Moraes que deverá ir para o WEC Alexandre Pequeno que ta indo para o WEC, Millton Vieira, da BTT que deverá seguir o mesmo caminho, André Mussi que estamos buscando uma vaga merecida num evento de porte...também faço Co Gerência de vários da ATT, Denis Kang, Jeff Monsen, Jorge Santiago que é junto com o meu sócio no Japão, o Hideo Takada estamos gerenciando lá....e aconselho e ajudo a muitos outros, não nego ajuda a nimguém.
14. Olha, sempre falo para acreditarem no sonho, de buscar, de nunca desistirem...a determinação na busca de um sonho é que vai fazer chegar lá. O que o cérebro imagina, o coração acredita, as mãos hão de fazer.
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